BEM-AVENTURANÇA

Boletim - Ano 13 - Nº 588 - 10/03/2024

BEM-AVENTURANÇA

“Ele olhou para os seus discípulos e disse: “Bem-aventurados os pobres, pois a vocês pertence o reino de Deus.” (Lucas‬ ‭6‬:‭20)

Já li muitos comentários “explicando” o sentido de “pobres de espírito” que está na primeira bem-aventurança. Algumas fantasiosas, outras sem base no texto, outras sem considerar a versão de Lucas para as bem-aventuranças, as de cunho econômico e político. Diante da miríade tenho a minha.

O texto grego mais usado por ser mais confiável traz “Μακάριοι οἱ πτωχοὶ τῷ πνεύματι”, onde “ptõchoi” é a palavra usada para pobres. Ela, segundo estudiosos, era usada para famintos, indigentes, pessoas em vulnerabilidade social, pedintes. É a falta de meios, a carência de coisas básicas, inclusive para uma participação social e política. Ela é uma palavra que traz dificuldades, sendo traduzida como “humildes”, “pobres”. O problema maior é a expressão grega “pneumati” (espírito). Há traduções “em espírito”, “de espírito”, “de coração”, “espiritualmente pobres”.

As bem-aventuranças no evangelho de Lucas se limitam a falar em pobres (bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus (Lc 6:20), sem adjetivá-los. Seria uma indicação de que os pobres são mais abençoados por Deus? Ou será porque, sendo pobre, não podendo depender de recursos econômicos e financeiros, dependem de Deus para tudo? Seia a pobreza na dimensão do salmista que olhava para o monte e pergunta: de onde me vem o socorro?” Seria uma forma de, como nos ensina a Teologia da Libertação, que Deus tem um compromisso privilegiado para com os pobres, viúvas, órfãos e estrangeiros? Seria um adendo à eleição de Israel que o “Senhor não tomou prazer em vós nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que todos os outros povos, pois éreis menos em número do que qualquer povo”? Dt 7:7). Seria a pobreza o lugar da graça?

A minha impressão é que o texto fala de pessoas que sabem que são iguais às demais, que não se acham maiores ou melhores, que consideram os “outros superiores a si mesmos” (Fp 2:3). O pobre é a pessoa que não é petulante, jactanciosa, arrogante, que, por um cargo ou posição social ou politicamente superior, se sente o “rei da cocada”. Não é o que se diz: ”eu faço”, “eu arrebento”, “eu tenho a caneta”, “quem está na cadeira sou eu”. O pobre tem uma expressão corporal que condiz com sua atitude. Não tem o nariz empinado, não olha de cima (exemplo acabado é o Trump, Putin, os maiores arrogantes dos últimos tempos). Não é quem tem a atitude do candidato em campanha política e em comícios, que tirava do bolso um sanduíche, para dizer que era pobre.

Esta bem-aventurança, tal como as demais, traz a promessa: “deles é o Reino dos céus”. São dois opostos: a pobreza e a herança do Reino. Na dimensão prática da vida diária, ser pobre é comportar-se como igual aos demais, sabendo que o Reino nos espera. É crer e praticar o que ensina Pedro “Humilhai-vos debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte” (Pe 1:6). Ser pobre é ter os olhos focados no futuro e na realização da promessa.



Deus te abençoe,
Marcos Inhauser

PEDIDOS DE ORAÇÃO

ANIVERSARIANTES

AGO - Assembleia geral ordinária

Na qualidade de Presidente da Igreja Batista Marapendi e seguindo o Art.10 de seu estatuto, convoco os membros da Igreja para nossa Assembleia Geral Ordinária no domingo 24/03, logo após o culto da manhã.


Pr. Sérgio Dusilek - Presidente.

AVISOS

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