Quando Eike Batista escreveu o livro “O X da Questão: A trajetória do maior empreendedor do Brasil”, não passava pela cabeça dele a possibilidade do seu conglomerado falir, ver sua fortuna minguar e se transformar em alvo da Operação Lava Jato, que apura um megaesquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo empresas e políticos.

Com um estilo arrojado de fazer negócios e considerado visionário por seus pares, ele se aproveitou da abundância de matérias-primas no Brasil para vender o otimismo com que investidores de todo o mundo viam o país.

Em janeiro de 2017, Batista teve sua prisão decretada na segunda fase da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato em solo carioca. E aquele que um dia foi apontado como oitavo homem mais rico do mundo, com um patrimônio estimado em US$ 34,5 bilhões recebeu a “visita” da Polícia Federal.

Sabemos que ele não foi o único caso de ascensão e queda de um homem. Conhecemos tantas histórias assim. Por exemplo, a história do Rei Uzias.

Uzias prosperou muito e alcançou muitas vitórias contra os árabes, contra os filisteus, dentre outros (II Cr 26: 06-07), pois se deu a buscar a Deus nos dias de Zacarias (II Cr 26: 05) e fazia o que era reto, conforme tudo o que fizera Amazias seu pai (II Cr 26:04). Os amonitas deram presentes a Uzias e o seu nome foi espalhado até a entrada do Egito, porque se fortificou altamente (II Cr 26:08).

Uzias, porém, falhou no principal. Já fortificado, seu coração se perdeu até se corromper e transgredir contra o Senhor porque entrou no templo para queimar incenso no altar tarefa que não cabia a ele (II Cr 26:16).

São exemplos que nos alertam para o verdadeiro “X da questão” das nossas vidas: não basta começar bem, o importante é começar bem, viver bem e terminar bem a corrida da vida.

Pr Ronald Souza