AS CONTRIBUIÇÕES SÃO BÍBLICAS - 2

"E o povo se alegrou das ofertas voluntárias que estes fizeram, pois de coração as haviam oferecido ao Senhor;" (I Crônicas 29:11-14, 9a)

O texto bíblico reproduzido acima é o registro da liberalidade com que o povo de Israel participou, sob a liderança do Rei Davi, da campanha de arrecadação para a construção daquele que ficou conhecido como o "Templo de Salomão" (1-de Salomão porque foi no reinado dele que foi construído; 2- não se espante: aquele era o legítimo, o do Edir Macedo é a cópia fake). O coração de Davi, que igualmente foi tomado por essa contagiante liberalidade (I Crônicas 29:3-5), registra em louvor uma máxima de quem já é de Jesus: sabemos que tudo que existe, que temos e somos vem dEle. O que nos remete para o conceito de mordomia (Lucas 16:1-13).

Ora, mesmo tendo bens em nosso nome, segundo a mais fina teologia bíblica, devemos reconhecer que somos tão somente mordomos. Nossas aptidões, capacidades, habilidades, talentos e dons espirituais vêm dEle. Nossos recursos, ganhos com trabalho dedicado, também vêm dEle. E no conceito de mordomia, todas as coisas SÃO PARA ELE. Isso equivale a dizer que embora o mordomo acabe desfrutando daquilo que pertence ao seu Senhor, ele sabe que tudo aquilo que está sob seu cuidado, sob sua guarda e aplicação, pertence a Jesus. Daí se depreendem duas lições: a primeira, da razão da alegria que deveria invadir o coração de cada um de nós ao contribuir; a segunda, que não faz sentido, não há qualquer espaço para não contribuição, mesmo que seja a famigerada alegação: "como mordomo, é melhor que os recursos fiquem comigo pois eu os administro melhor do que a igreja".


Os recursos não são nossos, são de Deus.


Bom, pode até ser que você administre melhor do que qualquer um que faça parte do corpo administrativo da sua Igreja, conquanto tenhamos que admitir que tal fato é difícil de provar. Contudo a questão é a mordomia: os recursos não são seus, não são nossos; são dEle. Nesse sentido a entrega das contribuições na Igreja (dízimos e ofertas, mas sobretudo o coração) é além de bíblico, pedagógico, pois lembra-nos a todo tempo que os recursos não são nossos, são de Deus. Tanto a parte que é depositada no gazofilácio, quanto a que fica conosco. Se até a parte que deveria ser destinada exclusivamente para a obra de Deus é retida, então parece mais certo pensar que não são os recursos (dados por Deus) que estão sob nossa conta/cuidado, mas sim que nós é que estamos debaixo dos recursos! Lembre-se: é tudo dEle ("Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos").

Pense. Ore. Seja praticante da Palavra. Experimente a alegria que é contribuir para a obra do Senhor.

Pr. Sérgio Dusilek