PASCAL OU SACRIFICIAL?
Boletim - Ano 13 - Nº 646 - 20/04/2025
Boletim - Ano 13 - Nº 646 - 20/04/2025
PASCAL OU SACRIFICIAL?
“Então Jesus afirmou: — Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso?” (João 11:25-26 NTLH)
Sem me aprofundar nas discrepâncias entre as narrativas bíblicas sobre a instituição do Ágape (lavagem dos pés, refeição comunal e celebração do pão e do cálice), quero retirar do evento nas suas cinco versões (acrescento a versão paulina feita para os Coríntios) a dimensão do amor sacrificial.
Não resta a menor dúvida de que Jesus tinha consciência de que era um “doente terminal”. A controvérsia se foi uma páscoa com nova roupagem ou nova instituição é bastante comum entre os estudiosos. Joaquim Jeremias cita alguns elementos em prol da páscoa. Outros trazem argumentos para afirmar que se trata de uma nova instituição, sem vínculos com a Páscoa veterotestamentária
Para o propósito a que me propus, a questão pode ser vista de forma salomônica: se é pascal, anuncia a morte de um cordeiro inocente para livrar os ofertadores do castigo pelos pecados e é início de uma jornada à Terra Prometida. Se sacrificial, também se tem a instituição de algo que aponta para a esperança escatológica (“vos afirmo que não a comerei novamente até que ela se cumpra no Reino de Deus” Lc 22:15), mostrando um caminho para o descanso final, à Mesa como Senhor.
O cerne da questão é que, nos derradeiros momentos finais da vida, Jesus deu importância à refeição comunal. Comer em comunidade, em família é algo confortador e reforça a ideia do amor dos participantes com o sofrente nos seus estertores. Nada mais dolorido para o enfermo terminal que comer sozinho. Comer juntos, celebrar a ceia (ou o Ágape, quando as circunstâncias permitem) entre os familiares e achegados é algo que a fé cristã e a comunidade cristã propiciam. Inúmeros são os relatos de quem cantou à cabeceira da morte hinos e cânticos de que a pessoa gostava.
Recordar que a morte é um ato de amor, que provoca bênçãos, é algo que deve ser reconhecido e valorizado. Como escreveu Ana Claudia Quinta Arantes, a morte é um dia que merece ser vivido. Nos casos de pacientes terminais e em estado vegetativo ou vida prolongada artificialmente, morrer é alívio para o sofrente e para os circunstantes. Isto deve ser celebrado pelos familiares, porque cessam os sofrimentos de todos. Querer que alguém viva contra todas as possibilidades de viver com qualidade, autonomia e dignidade é prologar sofrimentos.
O sofrimento que leva à morte inevitável se alicerça na esperança escatológica da novidade de vida depois da morte. A morte nunca é em vão: ela transcende os fatos e se eterniza na vida de quem, no aqui e agora, não viveu a plenitude da vida. Há uma mesa posta para as boas-vindas.
Deus te abençoe,
Marcos Inhauser
Ore pelo nosso país;
Ore pela nossa Igreja;
Ore pelas famílias;
21/abr Eduardo Almeida da Silva
22/abr Elyne Ricci Portella
23/abr Rodrigo Jorge Varella
24/abr Carlos Eduardo Gonçalves
26/abr João Luís Curvacho Capella
Se você deseja ser membro da Igreja Marapendi, procure um dos pastores no final do culto ou ainda envie um email para pastores@igrejamarapendi.org.br
Neste domingo da Ressurreição (20/04) (Páscoa) teremos um Café da Manhã na Igreja a partir das 09:15hs. Participe.
No domingo 18/05 teremos nosso tradicional Culto do Estudante. Se você, no período de Março/2024-Abril/2025 foi aprovado em algum exame, concurso; se passou ou terminou uma graduação, pós-graduação, Mestrado, Doutorado, informe ao Pr. Sergio pelo email: sergio@igrejamarapendi.org.br para que juntos agradeçamos a Deus pela sua vitória. Você pode também convidar algum familiar seu ou mesmo um amigo que se encontre nessa festiva situação.
Sempre que puder, traga alimentos não perecíveis para a igreja. Eles serão organizados para doação.
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Projeto Gênesis - Recreio dos Bandeirantes - RJ;
Missionária Marilena Nascimento - capelania prisional - RJ/RJ.
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JOCUM - Ásia (Alessandro).
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