FILHOS DA SOBERBA
Vanglória, Orgulho e vaidade
Tomás de Aquino afirmou que a soberba é um pecado tão grandioso que deveria ser tratado em separado dos outros. Aquino, por exemplo, tratava a soberba separada da vaidade, mas a teologia católica decidiu uni-las, acreditando que nelas havia os mesmos componentes, devendo ser então estudados e tratados conjuntamente.
Certo ou não Aquino se aprofundou mais e deixou definições preciosas para a nossa melhor compreensão do que é a Soberba.
Para ele, soberbo é o sentimento caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogância, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais. Algumas características da soberba identificadas por Aquino:
- A soberba coloca o homem no centro da própria vida. Alguém que vive para si mesmo.
- A soberba subverte o princípio da moderação. A soberba retira os limites, pois acha que pode fazer qualquer coisa. Como no Livro de Eclesiastes: “Não me neguei nada que os meus olhos desejaram; não me recusei a dar prazer algum ao meu coração”.
- A soberba anseia por fama e poder. Foi a soberba que levou os anjos maus a se rebelarem contra Deus, e levou Adão e Eva à desobediência e ao pecado original. Alias, certa vez ouvi alguém dizer que a soberba é tão enraizada em nós, por causa do pecado original, que “só morre meia hora depois do dono”.
O soberbo se esquece de que é uma simples criatura, que saiu do nada pelo amor e chamado de Deus, e que, portanto, Dele depende em tudo.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. 1 Coríntios 13:4
Em tempos tão difíceis, como os atuais, necessitamos relembrar alguns ensinamentos em relação a esse tema. Por exemplo, em Coríntios 13 Paulo nos apresenta no verso 4 um antídoto contra a soberba: “o amor não se ensoberbece...”.
Que o amor de Coríntios 13 esteja em nossos corações para não darmos lugar a soberba ou a um de seus filhos (vangloria, orgulho e vaidade).
Pr. Ronald Souza